Aqui conto meus truques para
viajar bem sem gastar muito e de quebra se sentir como um nativo. Já são mais
de vinte mapas riscados e vasculhados Europa afora e muitas estórias que me
transformam assim que dobro aquela esquina que não estava no meu mapa.
E para cortar a fita com
tesoura de ouro nada melhor que abrir mais um mapa e sair procurando pelo
Norte.
E que cidade seria perfeita?
Sem hesitação Madri veio a
cabeça na hora.
Sempre tive uma relação de amor com a
capital espanhola mesmo antes de conhecê-la e a culpa é do Almodóvar. O primeiro filme que assisti do diretor foi
Fale com Ela na Casa de Cultura Mario Quintana, no centro de Porto Alegre, em
2002. Adorei aquelas identidades múltiplas, cheia de cor, dor e uma alegria
safada e filmes dentro dos filmes.
"Fale com Ela" Pedro Almodóvar (2002). Foto divulgação |
Nas semanas seguintes fiz sessões duplas até que cai na Lei do Desejo de 1987.
Voltei à CCMQ em 2004 pra ver
Má Educação – meu favorito, e logo nos primeiros 15 minutos de filme três ou
quatro deixaram a sala e eu achei aquilo um dos ápices que um cineasta pode alcançar.
Almodóvar eu te amo, pensei!
Pensei também que queria ir a Madri e sentir aquela energia, ver aquelas cores, mesmo que como em "Meia Noite em Paris", no mundo dos meus sonhos e viver naquela época. Nesse caso na movida, a explosão boêmia, cultural e artística que se seguiu ao fim da ditadura franquista e que rendeu as primeiras montagens do malucão.
Meu roteiro madrilhenho foi feito para absorver um pouco da velha movida.
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