14.1.13

Onde se hospedar bem e barato na Europa. Parte I


No primeiro capítulo da série onde dormir bem e barato na Europa, na pauta: Viena e Madri. E ainda Edimburgo como a furada da vez.
Mas, ante dos hotéis propriamente, vale contar um pouquinho como chego até eles.
Depois de vasculhar por passagens baratas pretendidas vou ao site do booking.com pra dar uma espiada na média de preços de hospedagens e ter assim os 50% dos custos da minha viagem. Sempre uso o buscador para fazer minhas reservas. Disparado o melhor no mercado: por não cobrar porcentagem no ato da reserva, ter promoções super convidativas e pelos comentários dos usuários serem super fidedignos e confiáveis. 
Passagem comprada, hora de vasculhar pra valer o booking. Pelos comentários já se tem uma ideia até do destino e algumas dicas bem bacana.
Algumas vezes faço reserva apenas para garantir hospedagem, já que o cancelamento (ver condições) é grátis e só depois do roteiro pronto e sabendo detalhes da minha programação confirmo se mantenho ou troco de hotel.
Na escolha levo em consideração a localização, pois gosto de fazer o máximo possível do meu roteiro a pé. O preço, respeitando minha meta estipulada entre 30 a 35 euros quando estou sozinho e posso arcar com qualquer surpresa sem estragar minha viagem e até 50 euros por pessoa, acompanhado.  E o pacotão que é o que chamo da soma de outros fatores como limpeza, serviço e o  plus (charme, história e etc). Isso tudo tenho informações nos comentários do booking e em alguns blogs.
Ah! Opto por hostel se estiver viajando com grupos de amigos e aí "fechamos um quarto".
Se estiver viajando sozinho e solteiro à procura, escolho um quartinho individual, nem que for de um mísero hotel, pois levo em conta os "possíveis" amores de viagens.
Dito isso, vamos aos hotéis de hoje!
Para começar: Viena. A capital da Áustria é imensa e como havia reservado apenas três dias ali a localização do hotel seria um dos fatores decisivos para otimizar tempo.
Depois de muita pesquisa descobri que uma cama na cidade da música clássica pode não custar tão barato, principalmente, se no pacote esta incluído outros destinos como Brastilava e Budapeste em alta temporada.
Foi aí que caiu na minha mão o novinho Motel One. Ele já havia passado pelos meus olhos em Berlim e quando vi que fincaram bandeira em Viena só hesitei pela localização.
Depois de mais pesquisa, percebi que a região de Westbahnhof era ideal por vários fatores.
1)O ônibus aeroporto – centro tinha uma parada na porta do Hotel.
2)A estação de trem que usaria para embarcar para Bratislava ficava dois minutinhos caminhando dali.
3) Na porta também havia metrôs, trans e ônibus locais além de um shopping center coladinho.  
Sem esquecer que era um bairro de Viena (o que dá um ar mais de morador), distantes apenas três estações de metrô (10 minutos) das principais atrações da cidade.
Ah! E o preço: 82 euros quarto duplo. 
Bingo!

Hotel com cheiro de novo é sempre bom. E com uma decoração bege mesclada por tons de azul que agrada os olhos, melhor ainda. 
Nos quartos, nada de luxo, no entanto, tudo de bom gosto e funcional.
A rede se firmou usando a máxima: hotel design low coast.
Ao invés de guarda roupa, uma armação metálica para pendurar as roupas, o aparelho de TV multifuncional faz o papel de transmissora de imagens, rádio, despertador, carregador de telefone e lareira (imagens de chamas de fogo). Cama Box confortável, travesseiros bons, cortina blecaute, isolamento acústico e ar condicionado. Banheiro com todo aparato e ducha boa e só a exaustão deixou a desejar. 


Recepção 24 horas e um bar cheio de estilo. Não provei o café da manhã, já que uma vez em Viena é obrigatório abrir o dia em um dos muitos cafés da cidade.
Como quero voltar à cidade, voltaria com certeza ao One!


Já em Madri queria ficar perto de uma estação de metrô tendo em mente que percorrer a capital espanhola caminhando seria impossível. Queria também estar próximo das baladas que faria. Escolhi, seguindo os mesmo critérios, o NH Nacional.
A Rede NH tem vários hotéis espalhados pela Espanha. Esse fica ao lado da Estação Atocha, de frente pro Museu do Prado e do lado do Museu Reina Sofia; localização ideal. Sem esquecer que um taxi da zona boêmia, segundo o Google Map, daria não mais de dez euros. Bingo! 

A cereja do bolo foi uma promoção no site do Booking ofertando o quatro estrelas por preço de três ou até duas. Coloquei a diferença na mesa e se escolhesse por outro hotel mais em conta  daria para tomar uma ou duas rodadas de sangria extra. Optei pelo NH. 
Primeira impressão, ainda do lado de fora, foi óh! 
O check in demorou um pouquinho e nada de maiores explanações, o que era de se esperar de um hotel desse porte. Recepção 24 horas movimentada. Elevador panorâmico e pronto!




Quarto pequenino, mas lindo. Duas camas de solteiro com bons colchões, TV a cabo, ar condicionado (fundamental se tratando de Madri e seu calor infernal) e banheiro grande. Armários, guarda-roupa, cofre e os todos os plus essênciais e uma vista pro jardim do Prado.






No entanto, qualquer coisa que saísse do plano (na promoção o  quarto foi por 95 euros a diária e mais nada incluído) os preços eram absurdos. Exemplo? Pedi um ferro para passar uma camisa. E a resposta foi: não temos, senhor! Perguntei, então, se eles tinham o serviço de passadeira. Alguns minutos e me retornaram com um sim e o preço de 15 euros. Oi? Pra passar, não por uma camisa nova, pensei. Desisti e usei a velha tática de ligar o chuveiro no muito quente e deixar que o vapor desamarrotasse minha camisa.
A falha grave:Internet grátis só no hall e por 15 minutos. O dia do wi-fi estava por cinco euros. Fui ao McDonalds da esquina me abastecer de sorvete e já aproveitei o wi-fi deles.  
Café da manhã não provei, mas o preço de 22 euros não era convidativo.
Não vou negar que esperava mais, não me arrependi, mas quando voltar a Madri vou ficar em alguma das muitas opções de hotel na Grand Via ou no bairro Salamanca.  Mas é Madri e Madri é sempre bom!

Clube experiência
Minha segunda viagem pelo Velho Continente foi para capital da Escócia.
Seriam apenas dois dias, ou seja, uma noite de hostel em Edimburgo. 
Éramos cinco rapazes e fiquei responsável pela reserva do dormitório.
Numa pesquisa no hotelworld.com escolhi uma igreja transformada em alojamento. Logo de cara achei uma ideia no mínimo intrigante: dormir em uma igreja do século passado num país com uma história religiosa determinante na construção da sociedade.
Sem muita experiência no campo de busca, reservei  e só sabia que a localização era central. Reserva feita e seja o que Deus quiser.Afinal, estarei na casa do senhor!

No dia da chegada na cidade, a caminhada de uns 15 minutos do Centrão de onde o ônibus do aeroporto nos deixou, até o Hostel já assustou um pouco.  Até que avistamos o nome:  Belford Hostel Edinburg.

Ufa! Respirei aliviado... e assustado.
Como era muito cedo não pudemos fazer o check in. Ok, passou!
Pedimos pra deixarmos nossas coisas. Eles não tinham depósito de bagagens propriamente dito, então,  deixamos nossas mochilas num quartinho improvisado. Medo!
Fomos cumprir o roteiro sem ver o quarto. Mais Medo! 
Quando voltamos para tomar um banho e dar aquela descansada básica antes de ir pra balada eis o que se apresenta.

O Hostel manteve a estrutura interna da  antiga igreja e fez os quartos, leia-se divisórias, com aquelas madeiras rosada que me fugiu o nome agora. No "quarto" havia quatro camas beliche e além de nós, mais um companheiro que quando chegamos de tarde, de madrugada e saímos pela manhã; estava dormindo.



Até aí tudo bem.
Surpresa maior foi quando entrei no banheiro...
Pensa um lugar podre. Bingo! No box a água empossava e a sensação de “banho de banheira” obrigatório não agradava.
Na hora de dormir foi a comédia maior, pois como não haviam divisórias até o teto, ouviam-se todos os barulhos produzidos durante a noite de todos os hóspedes. Ok, não entrarei em detahes aqui.
O café da manhã foi na cozinha do hostel onde se apresentou a diversidade local. Vale ressaltar que essa foi a parte mais interessante.
E como o objetivo da viagem era não gastar mais de 100 euros (paguei 2 euros pela passagen de ida e volta via Ryanair) valeu!
Essa noite de sono me custou míseros seis euros e tenho na bagagem o privilegio de ter dormido em uma igreja.
Vai dizer que você não iria gostar?
Se voltaria  a dormir no hostel? 
Oi!?

Mapeando
Fotos: Paulo Rogério de Souza

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