Um sábado à noite em Madri
pode ser uma daqueles dias que entrará para a caixa de memória das coisas boa
da vida. O povo ali gosta como ninguém de fiesta.
Era quase 9 da noite e
termômetro no Centro da cidade marcava 36°C. Deixamos Dublin às duas da tarde
com seus mizeros 8°C. Bons indícios de
que era sábado e a noite um niña.
A primeira atração da lista
era o novo show do grupo Los Vivancos, Aeternum, no Teatro Alcala, no
bairro Salamanca.
No espetáculo de dança fusion uma mescla de movimentos
contemporâneos com o velho e bom flamenco, embalados por uma eletrizante trilha
sonora. Os sete irmãos são fenômeno de
crítica e público no país e desde 2007 lotam teatros com seus sapateados e gingado.
Comprei os bilhetes pelo site
entradas.com a 12 euros cada.
Entusiasmados pela energia do
grupo desembarcamos em Malasaña para viver a movida que havia planejado.
A Plaza Dois
de Mayo, lugar de reunião da rapaziada para beber cerveja sentados no
chão desde época do movimento, estava lotada.
Como a ideia em Madri é o tapeo
ou petiscar fomos a Cervecería Saltón para forrar o estômago. Calamares, batata ao alho e óleo e cerveja foi
o menu. Enquanto esperávamos fatias de
pão com presunto ibérico e azeite extra virgem abria os caminhos.
O ambiente de boteco, com gente gargalhando na mesa ao lado e banheiro sujo era tudo que eu queria.
Calamares é o petisco mais famoso na cidade |
O ambiente de boteco, com gente gargalhando na mesa ao lado e banheiro sujo era tudo que eu queria.
Cervecería Saltón |
Malasaña fica logo depois da
Chueca. Na verdade, as ruelas de predas lotadas de bares e gente dos dois bairros se
misturam e as delimitações geográficas ficam invisíveis, principalmente, se
somar o teor etílico que se faz presente no sangue.
A fiesta mesmo começou no Tupperware. Os dois andares do bar estavam lotados. A decoração meia psicodélica e divertida faz o ambiente ser ainda mais agradável. Na pista muito indie rock.
Sem perder o ritmo passei no Via Láctea que, junto com o El Penta, são as “baladas” da movida original que sobrevivem até hoje. Dois super clássicos da noite e imperdíveis para ver quarentões se misturem a jovens com todos os tipos de cabelo e tatuagem aos mauricinhos e patricinhas.
Sem perder o ritmo passei no Via Láctea que, junto com o El Penta, são as “baladas” da movida original que sobrevivem até hoje. Dois super clássicos da noite e imperdíveis para ver quarentões se misturem a jovens com todos os tipos de cabelo e tatuagem aos mauricinhos e patricinhas.
Havia pesquisado bastante e
sabia que no Penta a música era o ponto forte. Mas lá dentro a emoção toma
conta. O local é bem pequeno, nas paredes fotos das bandas e de personalidades que ajudaram a construir o cenário cultural do país dão um clima de autenticidade. A menina que serve as bebidas no único bar, nem liga para os famintos por
mais uma cerveja e canta enquanto corre de uma lado pro outro. Na pista gente que estava ali com e para os amigos, para
ouvir as músicas que todos, sem exceção, sabiam de cor e salteado.
Eu, balançava a cabeça, erguia minha cerveja pro alto como quem diz tim tim e viva a movida! Obrigado Almodóvar por me trazer aqui!
Eu, balançava a cabeça, erguia minha cerveja pro alto como quem diz tim tim e viva a movida! Obrigado Almodóvar por me trazer aqui!
No caminho de volta pro hotel tomei mais uma cerveja
comprada dos muitos chineses que enfrentam o sono vendendo a bebida por 1 euro. Comi a
fatia de pizza que pedi pra viagem no taxi e fui dormir com a Chica de Ayer na
cabeça (umas das músicas mais famaso do país, escrita por Antonio Vega, da banda oitentista Nacha pop, um hino que encerra a noite no El Penta).
Mapeando
Vía Láctea - Calle de Velarde, 18. Madrid
El Penta - Calle de la Palma, 4. Madrid
Tupperware - Corredera Alta San Pablo,26. Madrid
Cervecería Saltón - Corredera Alta San Pablo, 8. Madrid
Tupperware - Corredera Alta San Pablo,26. Madrid
Cervecería Saltón - Corredera Alta San Pablo, 8. Madrid