Quem não adora um sal? O tempero
dá sabor a uma das coisas mais sagradas da vida: o alimento. Por isso, no
passado, lá no período de comércio de especiarias o sal foi o grande “achado”
para a riqueza rápida já que, além de saboroso, também conservava alimentos.
A Polônia, por sorte, conseguiu
uma fatia desse bolo quando, há 13 milhões de anos as Minas de Sal de Wieliczka foram descobertas e se tornaram as minas de ouros, digo, de sal dos
monarcas no século 11. O auge demorou um
pouquinho pra chegar só entre os séculos 16 e 17.
Hoje, é um grande ponto de visitação no Sul da país, não só pela história, mas também, pelos trabalhos artísticos esculpidos com sal e pelas propriedades curativas que dizem ter o lugar.
Hoje, é um grande ponto de visitação no Sul da país, não só pela história, mas também, pelos trabalhos artísticos esculpidos com sal e pelas propriedades curativas que dizem ter o lugar.
Foto divulgação do site - Fachada externa |
As Minas estão sobre a proteção
da UNESCO e ficam a trinta minutos de Cracóvia de carro. O prédio tem nove níveis e 327 metros de
profundidade. Os tours são todos guiados e em diversas línguas. Para começar
é preciso descer 378 degraus o que quase me fez desistir só em saber que teria que fazer o caminho de volta. Com um inglês carredo no sotaque a guia, solta sorrindo: Não se preocupem o caminho de volta é de elevador. Melhor!
De lá, em cada um dos vinte monumentos o ela explicou um pouquinho da história de tudo aquilo.
De lá, em cada um dos vinte monumentos o ela explicou um pouquinho da história de tudo aquilo.
O ponto alto da visita esta a
101 metros de profundidade: The Saint Kinga´s Chapel, criado pelos artistas autodidatas
Józef e Tomasz Markowski e por Antoni Wyrodek.
Impressiona como tudo, tudo é de sal (passei o dedo e coloquei na boca
pra provar). A capela tem inspiração no Novo Testamento e abriga a obra "Madonna e a
Criança".
A temperatura lá dentro gira em
torno de 14°C, por isso, o motivo de muitas pessoas com problemas respiratórios procurarem os tratamentos oferecidos ali dentro mesmo num espaço específico onde se pode passar o dia ou pernoitar. Tudo em busca da cura.
Do piso aos lustres, tudo de sal |
Modonna e a Criança |
Com exceção das mesas e cadeiras tudo nesse restaurante é de sal |
Com exceção dos bancos e dos pilares tudo nessa igreja que têm missas é de sal |
As três horas passam voando e o elevador, realmente, nos leva de volta a superfície. Ok! O elevador é todo aberto e lotado e os 30 segundos de subida passa tudo pelo sua cabeça.
Mapeando
Quem leva : De Cracóvia são
dezenas de empresas que fazem o tour. Pesquise entre elas por preços melhores,
já que os tours são sempre os mesmo. Comprei no mesmo dia pela manhã.
Quanto custa: 73 zlóty ou em
torno de €1 9 pelo ingresso preço cheio. Tour: paguei €30.
É Bom saber: Se você tem fobia de
locais fechados ou subterrâneos é melhor procurar por outras atrações. Mesmo
com uma temperatura agradável a sensação de estar em baixo da terra é estranha.
Leve um casaquinho mesmo no verão. Os
guias das empresas fazem certa pressão para os visitantes pularem a visita ao
museu que fica ao no prédio ao lado das Minas, então, se você quiser avise de antecedência.
Está sempre lotado de turista.
Clube Experiência: Pelo preço
vale a pena, principalmente, pela capela de Santa Kinga. Em muitos tours
vendidos pela cidade a visita as Minas é a terceira e última parte entre as três
atrações possíveis: Campo de Concentração Birkenau, Campo de Concentração
Auschiwitz e Minas de Sal Wieliczka. O Day tour começa entre 8h e 9h e acaba em
torno das 19h30m. Depois de umas conversas com poloneses nas mesas de bares que
já contei aqui, preferi não visitar os campos de concentração.
A opção seria passar um dia entre uma história tão pesada (pelas fotos que vi têm partes em que se visitam lugares onde estão os cabelos, sapatos, roupas dos assassinados lá) ou continuar vivendo a vida como se fosse um polonês preto. Com um pouco de culpa (por ser jonarlista e adorar história) preferi ficar rodando por Cracóvia. Fui ao Kazimierz outra vez, circulei pelos supermercados, tomei café em cantinhos fora do “circuito” tradicional, conversei com estranhos, paquerei, vivi o presente daquela cidade com habitantes que tentam deixar a cabeça erguida a qualquer custo tentando esquecer o passado, mesmo que as vezes sem muito sucesso.
Optei, então, por não entrar
naquele mundo sombrio dos campos com uma energia de morte, sofrimento, dor, ódio,
ressentimentos, perda; extremamente forte. Preferi a vida viva que pulsa do
lado de fora dos campos. A opção seria passar um dia entre uma história tão pesada (pelas fotos que vi têm partes em que se visitam lugares onde estão os cabelos, sapatos, roupas dos assassinados lá) ou continuar vivendo a vida como se fosse um polonês preto. Com um pouco de culpa (por ser jonarlista e adorar história) preferi ficar rodando por Cracóvia. Fui ao Kazimierz outra vez, circulei pelos supermercados, tomei café em cantinhos fora do “circuito” tradicional, conversei com estranhos, paquerei, vivi o presente daquela cidade com habitantes que tentam deixar a cabeça erguida a qualquer custo tentando esquecer o passado, mesmo que as vezes sem muito sucesso.
Pra quem quiser ir detalhes aqui e aqui.
Outros mapas
Zakopane: o playground de inverno dos poloneses
Cracóvia: o que não deixar de fora no seu roteiro
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