Toda terça e sábado dezenas, de
feirante se espalham pelo Campo de Santa Clara, no bairro da Graça, e colocam
suas vidas à venda na Feira da Ladra.
Nos panos estendidos no chão
têm de tudo: talheres, lenços, moedas antigas, livros, malas, roupas, brinquedos,
vinil, CDs de fado, pedaços de azulejos portugueses retirados de uma fachada qualquer e a esperança de que o velho de espaço para o novo entrar.
A Ladra é uma das feiras mais
antigas de Lisboa. Muito famosa no passado por ser o espaço onde se compravam
coisas a preço de banana por serem roubados.
Hoje, tornou-se a parada dos turistas do Bonde 28 agarrados
à suas câmaras fotográficas porque já ouviram que o nome faz a fama.
Turistas
esses também que se esbaldam com a diversidade cultural e social exposta aos olhos,
mas só daqueles que querem realmente ver.
Comprar coisas legais na Ladra
é procurar agulha no palheiro. De banca em banca com muita paciência e lábia de
negociante é possível sair de lá com boas peças pra dar um ar vintage no décor.
Mas não é só de velharia que a
Ladra sobrevive, não. Artesanatos bacanas como quadros de santos religiosos,
estandes de jeans e roupas com estampas africanas ou tailandesas estão ali
colorindo a colina que tem o Tejo como pano de fundo cheio de vida.
Tire suas conclusões e me
conta depois nos comentários o que você garimpou.
Mapeando
O que - Feira da Ladra
Quando - Terças e sábados das
8h às 18h (melhor chegar antes das 14h porque pelas 16h eles já começam a
desmontar a estrutura e não rola uma xepa, viu?).
Onde – Campo de Santa Clara,
na Graça.
Como ir – Bonde 28 deixa perto
e mais uma caminhada de uns cinco minutinhos. Quem vem de Alfama, dá pra chegar
ali de a pé numa boa.
Clube sacada – O Mercado de
Santa Clara fica bem ali no meio da feira e tem uma loja de chocolates
artesanais, uma de souvenir de Portugal modernista e sempre uma exposição (como
a do Centro de Arte Culinária que estava rolando na minha visita) ou um show de
culinária na programação.
Clube Vale a pena – Passar na
vizinha Igreja de Santa Engrácia, Panteão Nacional (que nada mais é do que um monumento
arquitetônico destinado a perpetuar a memória dos famosos heróis nacionalistas,
artistas, estadistas, etc, e que, em geral, contém seus restos mortais). Ali
estão os restos mortais do Pedro Alves Cabral, lembra dele? E da mais famosa
cantora de fado Amália Rodrigues. O edifício, no estilo barroco português,
tornou-se referência no perfil da cidade. De vários pontos do Centro se vê a
cúpula majestosa.
Mapeando - Igreja Santa
Engrácia – Terça a domingo das 10h às 17h. Bilhete a €3 e grátis pra quem tem o
Lisboa Card.
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